Cidade de Fiães – Comemorações do 22.º aniversário
Opinião

Cidade de Fiães – Comemorações do 22.º aniversário

Comemorando o 22.º aniversário da criação da cidade de Fiães, no dia 19 de abril, a edilidade decidiu pôr em prática um programa diverso e adequado à comemoração, com início no dia 16 eque se prolongará até final do mês, dia 29.

No dia 19, o programa iniciou-se às 9 horas com o hastear da bandeira, 10h30 visita ao Interface Fiães-Lourosa, 15H00 Conferência ‘Aristides Sousa Mendes: a coragem da tolerância’, 19h30-Apresentação do vencedor do Orçamento Participativo 2023 e apresentação do livro ‘O Ensino em Fiães- Contributos para a sua História’, da autoria de Gracinda Sousa

Tive o privilégio de assistir, como convidado, ao evento, às 19h30, principalmente no que respeita à apresentação do livro em causa. A temática é a História do Ensino em Fiães e o contributo dado pelo Colégio PIO XII, de Fiães, no final da década de 50, para a formação académica e desenvolvimento pessoal de grande número de jovens, não só da freguesia, mas também de outras freguesias do concelho da Feira e concelhos limítrofes. Daí saíram  homens  e mulheres com elevada formação, como é o exemplo da autora, e de muitos/as outros/as com louváveis percursos de vida.  

Chegado ao momento preciso, o Sr. Manuel Sá Bastos, em representação do CDPAC e de   outros   presentesteve uma intervenção bem estruturada,  concisa e equilibrada, tendo tecido elogios à autora e à sua conhecida e qualificada obra, salientando o valor da obra agora publicada para a freguesia,  falando da importância que teve o Colégio e de outos assuntos.

De seguida, a autora tomou a palavra, salientando a importância do tema para a História de Fiães, referindo que o que não é escrito, não faz História. Afirmou tratar-se de uma obra trabalhosa, que exigiu tempo de elaboração e pesquisa, agradeceu a colaboração recebida. Disse estar feliz por ter contribuído para um melhor e mais aprofundado conhecimento do Ensino em Fiães, mostrou-se satisfeita pela edição e divulgação do livro, nesta data, e a importância da preciosa informação nele  contida. Fez uma boa apresentação e recebeu uma forte ovação.

Depois de tomar a palavra o Sr. Presidente da Junta de freguesia, coube ao Sr. Presidente da Câmara Dr. Emídio Sousa fazer a sua intervenção de uma forma familiar, sempre com o seu sorriso presente e focando aspetos muito importantes relacionados com o ensinoe outros assuntos.

Tudo bem até aqui, mas a surpresa estava guardada para o fim, pois é inacreditável o que aconteceu.

Após a intervenção do Sr. Presidente da Câmara, foi-lhe oferecido, bem como e ao Sr. Presidente da Junta um bonito ramo de flores, louva-se, mas, à autora do livro, que dedicou muitas horasdo seu  tempo  a este trabalho e o ofereceu graciosamente à freguesia, e aos seus colaboradoreshouve uma mão cheia de nada, um  esquecimento reprovável.

Falar de ensino, onde cabe a educação e não a praticar, Sr. Presidente da Junta, é algo errado.  O cumprimento dos protocolos é importante e muitas vezes um pequeno gesto, e, neste caso, um  simples ramo de flores a uma senhora, autora do citado livro, vale mais  que muitas palavras. Mas isto, tem que se saber, pois, à partida, o Sr. e a sua equipa deveriam saber como atuar e fazê-lo de forma reconhecida.

Conclusão, LAMENTAVEL, LAMENTÁVEL e quem assistiu, ficou de boca aberta de espanto, pela estrondosa e desagradável falha verificada, que ficará para a história.

Eu fiquei.

Louva-se a bela música ao vivo tocada nos pequenos intervalos.

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Manuel Bastos

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COLUNISTA
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