Formação Online: Uma alternativa merecedora de consideração
Opinião

Formação Online: Uma alternativa merecedora de consideração

Há mais de uma década que se permitiu que a formação académica (e não só) ultrapassasse a barreira presencial, e com isto veio a poupança e a otimização do tempo, a redução de custos, nomeadamente em transportes, e outros benefícios. Contudo, antes de explanar este tópico, quero deixar bem claro que quando me refiro a formação académica neste contexto, considero a formação pós ensino secundário.

Dito isto, o ensino através do meio online tem sido uma solução apresentada por diversas instituições de ensino, espalhadas por todo o mundo, e que vem dar resposta às necessidades de estudantes, que por enumeras razões não tem capacidade de frequência presencial, quer seja por razão de limitações de acessibilidade, financeira; e profissionais, que procuram enriquecer o seu background académico, mas ao mesmo tempo, procuram uma opção capaz de encaixar com a sua vida laboral e pessoal, sem prejudicar (consideravelmente) uma de ambas. Com isto, não quero dizer que não seja necessário um esforço adicional por parte do profissional, claro que é. Mas acima de tudo, em ambos os casos, procura-se uma solução que seja minimamente certificada pelas entidades competentes, e que vá de encontro às necessidades do estudante ou profissional (naturalmente, isto requer uma pesquisa prévia por parte do interessado).

Mas afinal como funciona a formação online? Para começar, a criação de plataformas de conversação por áudio e vídeo (i.e. as videochamadas) nomeadamente o Microsoft Teams e o Zoom, foram essenciais para melhorar o contacto e criar a dinâmica entre professor e aluno, à distância. Aliás, esta realidade esteve bem presente com o surgimento da pandemia de COVID-19 que levou ao encerramento das escolas em 2020. O formato das aulas online tanto pode ser em formato síncrono (ao vivo) como assíncrono (gravadas). Enquanto, por um lado, o aluno está sujeito ao horário estabelecido pelos docentes e as aulas decorrem de uma forma mais dinâmica e de certo modo a experiência é semelhante ao formato tradicional de sala de aula; no outro, o aluno assiste às aulas ao seu próprio ritmo, e em caso de dúvidas, pode consultar o respetivo docente via fórum de dúvidas (Q&A), email, ou agendar uma sessão pelas plataformas anteriormente mencionadas. É óbvio que tanto um estilo como o outro acarretam vantagens e desvantagens. O foco aqui é o tipo de formação e as temáticas que a pessoa pretende estudar, tendo-se depois de sujeitar à oferta existente.

Como uma nova abordagem de ensino, aceite pela sociedade (na sua generalidade), surgiram escolas de renome que expandiram o seu catálogo para o meio digital (exemplos: Porto Business School, a Harvard University (EUA) e a University of Cambridge, em Inglaterra). Outras instituições de ensino nasceram do meio digital, como é o caso da Autónoma Academy, em Lisboa; a London School of Marketing and Design; e a International University of Applied Sciences, na Alemanha. A diversidade de cursos existentes nestas universidades é tal, que é capaz de responder as necessidades de todos, desde estudantes que pretendam realizar uma licenciatura online enquanto realizam um part-time, por exemplo, assim como profissionais que pretendam crescer a nível académico ou que procurem uma reconversão profissional.

Contudo, é importante salientar que o intervalo de preços apresentados é enorme (e isto é dizer pouco), acabando a pessoa por ter de filtrar as suas opções consoante o seu tempo disponível, o investimento que pretende realizar, e a área de estudo que quer seguir. Isto para dizer que se deve procurar fazer uma pesquisa exaustiva (no bom sentido), como forma de possibilitar a descoberta do curso ideal.

Para terminar, queria salientar que graças ao vasto conhecimento que tem vindo a ser reunido ao longo dos tempos, à facilidade de acesso à informação e aos avanços tecnológicos, tem sido possível moldar cursos online para todos os gostos e bolsos, tornando a educação acessível para todos. A educação passa para além do privilégio, é um direito a que todos deveríamos ter acesso.

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Gustavo Tavares Pé D'Arca
COLUNISTA
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