Corticeira Amorim atinge 546 milhões de euros em vendas no primeiro semestre do ano
Economia

Corticeira Amorim atinge 546 milhões de euros em vendas no primeiro semestre do ano

O resultado líquido fixa-se nos 48 milhões de euros, uma subida de 20,6% face ao período homólogo de 2021, um crescimento de 14,1%, “excluindo as alterações no perímetro de consolidação”

A Corticeira Amorim, com sede em Mozelos, apresentou os resultados financeiros do primeiro semestre de 2022, anunciando que as vendas atingiram os 546 milhões de euros, um crescimento de quase 26% (25,9%) face ao período homólogo de 2021.

“A consolidação, desde 1 de janeiro, da atividade das empresa do Grupo SACI contribuiu significativamente para as vendas consolidadas da Corticeira Amorim – excluindo este efeito, o crescimento teria sido de 12,7%”, explica a empresa em comunicado.

Todas as unidades de negócio (UN) da corticeira registaram um crescimento das vendas, uma evolução que “reflete a melhora do mix de produto, a subida de preços e o crescimento de volumes”. “A evolução cambial teve também um impacto positivo – excluindo este efeito, as vendas teriam subido 24,2% (+11% excluindo as alterações de perímetro de consolidação)”.

Já o EBITDA consolidado ascendeu para 98 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2022, sendo que no igual período do ano transato o valor fixou-se em 77 milhões de euros. Excetuando o contributo da SACI, o crescimento do EBITDA foi de 13,2%. “Ainda que as pressões inflacionistas, particularmente na energia, matérias-primas e transportes tenham continuado a penalizar os resultados, os maiores níveis de atividade e a melhoria do mix do produto foram decisivos na proteção da rentabilidade”, diz a empresa, salientando que o rácio entre o EBITDA e as vendas “subiu para 18%”.

O resultado líquido da Corticeira Amorim fixa-se nos 48 milhões de euros no final do primeiro semestre, uma subida de 20,6% face ao igual período de 2021, um crescimento de 14,1%, “excluindo as alterações no perímetro de consolidação”.

No fim do mês de junho, a dívida remunerada líquida era de 71 milhões de euros. O primeiro pagamento da aquisição da participação de 50% na SACI (25 milhões), a aquisição dos restantes 50% da Cold River’s Homestead (15 milhões), o acréscimo das necessidades de fundo de maneiro (41 milhões), o aumento do investimento em ativo fixo (34 milhões) e o pagamento de dividendos (27 milhões) “contribuíram para o crescimento da dívida remunerada líquida face ao final do ano de 2021”.

Desempenho por UN

A Corticeira Amorim detalhou ainda na nota de imprensa emitida os detalhes quantos às UN da empresa. As vendas na UN Rolhas totalizaram 402 milhões, um crescimento de 29% face ao primeiro semestre de 2021 (+10,7% excluindo alterações de perímetro de consolidação).

“Esta evolução resultou de maiores níveis de atividade, da melhoria do mix de produto, da subida de preços implementada e do impacto cambial positivo (excluindo-o, o aumento das foi de 27,4%). Todos os segmentos de rolhas registaram uma evolução positiva das vendas”, lê-se. O EBITDA ascendeu aos 77 milhões de euros (+31,1% face ao período homólogo; +13% excluindo a consolidação da SACI). O rácio EBITDA/UN Vendas subiu para 19,1%.

Já a UN Revestimentos registou vendas de 77 milhões de euros, mas 21,7% face ao período homólogo. “Verificou-se um crescimento bastante equilibrado entre as vendas de produtos de trade e de produtos. O EBITDA ascendeu a dois milhões e o rácio EBITDA/Vendas cifrou-se em 2,8%, penalizado pelo agravamento dos custos”, detalha a corticeira.

Quanto às vendas da UN Aglomerados Compósitos, ascenderam a 62 milhões de euros, mais 7,1% face ao período homólogo. “Sendo os Estados Unidos o mercado com o maior peso nesta UN, as vendas beneficiaram da valorização do dólar – excluindo esse efeito, subiram 4,3%. O EBITDA desta UN subiu para dez milhões e o rácio EBITDA/Vendas para 15,8%”.

Por fim, a UN Isolamento reverteu a contração das vendas verificada nos primeiros três meses do ano, terminando o semestre com um crescimento de 10,6%. “Os maiores custos operacionais (nomeadamente decorrentes do aumento do preço de energia) e o aumento do preço de consumo de cortiça penalizaram os resultados operacionais. O EBITDA totalizou um milhão e o rácio EBITDA/Vendas cifrou-se em 13,6%”.

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