A crise política que levou o primeiro-ministro António Costa a pedir a demissão do cargo, arrastou igualmente o secretário-geral do PS, abrindo uma brecha na liderança do Partido que se viu forçado a ir para eleições internas intempestivamente. Até ao momento três candidaturas se perfilam, encabeçadas pelos militantes Daniel Adrião, José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos. Sem pretender diminuir a importância do candidato Daniel Adrião, vou-me centrar nas candidaturas do ex-ministro Pedro Nuno Santos e do atual ministro da Administração Interna José Luís Carneiro, por entender que são as que vão concentrar a atenção dos militantes socialistas.
Como a generalidade dos votantes do PS também admito que o partido sairá bem servido com qualquer um destes dois militantes que já deram provas da sua capacidade para o desempenho dos cargos que, até ao momento, têm desempenhado. É, no entanto, necessário optar por uma das candidaturas e como militante 1207 deste partido vou estar ao lado do candidato Pedro Nuno Santos, que já conheço desde o tempo em que o jovem Pedro militava na Juventude Socialista e eu pertencia à Federação Distrital. Sempre lhe reconheci qualidades e capacidade no desempenho dos cargos que então exerceu e que estão na base de ter merecido a confiança do secretário-geral António Costa para fazer parte do primeiro Governo do Partido Socialista. Destacou-se sobremaneira ao ser o responsável de uma coligação do PS, com o Bloco e o Partido Comunista, e que ficou celebrizada pelo nome de ‘gerigonça’.
A atuação de Pedro Nuno Santos foi fundamental e garantiu ao nosso País uma governação que levou os eleitores portugueses a concederem ao PS a maioria absoluta nas eleições seguintes. Reconheço ainda que o candidato José Luís Carneiro, pelas provas dadas no desempenho do cargo de Ministro da Administração Interna, também garante uma boa prestação, o que só vem enriquecer o Partido Socialista. Porém e pelo que atrás adiantei a minha preferência vai para o candidato Pedro Nuno Santos por nele ver qualidades que melhor correspondem ao que entendo dever ser a missão do PS na sua luta por uma sociedade mais perfeita e justa, numa fase em que ao país se deparam problemas que exigem coragem e persistência para serem vencidos. Estou igualmente ao lado deste candidato porque me revejo nas propostas que apresenta na sua Moção Política de Orientação Nacional, destacando as ‘Seis Missões para um Portugal Inteiro’: ‘Uma Social-Democracia transformadora: um PS para o futuro’; ‘Uma democracia revitalizada e de qualidade’; ‘Uma economia inovadora e socialmente justa’; ‘Um estado social forte, moderno e inclusivo’; ‘Um território inteiro e uma transição justa’; ‘Um Portugal central na Europa e no mundo’.
Do seu vasto e bem elaborado plano destaco a passagem que refere que “no combate à pobreza, tomando como ponto de partida a Estratégia Nacional recentemente aprovada pelo Governo, importa definir planos de intervenção que potenciem respostas transversais e em contexto, no quadro de uma maior articulação entre o Estado central, nas suas diferentes áreas governativas e serviços, e as autarquias locais. Trata-se, neste âmbito, de estabelecer programas sociais robustos, centrados, entre outras dimensões, no reforço dos apoios à educação e na assistência a famílias de baixos rendimentos, numa perspectiva emancipatória, por forma a reduzir as desigualdades e criar oportunidades iguais para todos, generalizando, sempre que possível, a atribuição automática de prestações sociais.
Os sem-abrigos são um dos universos em que importa atuar. Portugal não pode continuar a figurar entre os países onde esta praga se alarga. Importa aprovar programas robustos, em conjunto com as autarquias e com a sociedade civil, para se erradicar este universo de pobreza. Pelo exposto, convictamente apoio Pedro Nuno Santos!
