A Igreja Matriz como expoente máximo
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A Igreja Matriz como expoente máximo

A Igreja Matriz de S. Miguel detém, em território soutense, o título de principal elemento arquitetónico

A antiga freguesia de Santa Maria da Feira – uniu-se a Mosteirô após a reforma administrativa das freguesias em 2013 –, estende-se por 9,40 km2 de área no sudoeste do território feirense. A Igreja de S. Miguel é o seu expoente máximo de interesse turístico.

Inaugurada em 1868, numa festa de inauguração que decorreu com a pompa e circunstância que se exigia, a igreja paroquial tem como critério dominante na sua construção a simplificação, uma vez que não obedece ao estilo das igrejas da época. O templo possui retábulos oitocentistas, sendo os da capela–mor de inspiração neoclássica. Ligeiramente elevada relativamente à via pública, a Igreja de S. Miguel ergue-se de frente para o Largo Comendador Inácio Monteiro. Composto por
um coreto, bancos em pedra e por um belo espaço verde, é uma excelente escolha para quem procura um local para espairecer por momentos junto à igreja paroquial, antes de seguir visita pelo território.

A Capela de Nossa Senhora do Parto/Capela das Almas, situada perto da Igreja Matriz, face à proximidade, é um local a visitar, de seguida. Mandada edificar por benemérito local, as obras de construção iniciaram em 1877 e terminaram um ano depois. Neste pequeno templo cristão, que ocupa a área da velha
igreja paroquial, a peça de verdadeiro interesse histórico, que pertence à igreja antiga, é a lápide de Jorge Pires Figueiró, que foi capelão com a função de tesoureiro da respetiva capela, da imperatriz D. Isabel, esposa de Carlos V e filha de D. Manuel I.

Para a pausa antes de completar o roteiro pelo património religioso de Souto, recomendamos-lhe uma ‘paragem’ na Cafetaria Moderna. Um sumo de laranja e uma tosta
dar-lhe-á a energia suficiente para conhecer a Capela de Nossa Senhora da Guia, mandada construir em 1540.

A pisar terrenos pertencentes a Tarei, o Clube Desportivo Tarei, fundado a 5 de setembro de 1972, é o último local de paragem obrigatória. A coletividade que na área do Desporto procura representar os valores do desportivismo e da amizade, tem igualmente um peso significativo historial na região, fruto das atividades lúdicas e culturais que dinamiza. Há ainda o Clube Desportivo Soutense, cuja secção de futebol encontra-se extinta, mas que continua a ‘dar cartas’ no ciclismo.

Antes de rumar a casa, a Churrasqueira Venezuelana, a escassos metros do complexo desportivo, serve o prato ideal para despedir-se de Souto. Com ou sem molho, mais ou menos picante, o frango assado na brasa é a estrela da carta. As batatas fritas são a companhia mais frequente, mas há lugar para uma salada e/ou arroz

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Márcia Soares
JORNALISTA | Licenciada em Ciências da Comunicação. A ouvir e partilhar as emoções vividas pelas gentes da nossa terra desde 2019.
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